PROBLEMAS E
ESTUDOS: REPUBLICAÇÃO DE POSTAGENS SUMIDAS DO BLOG. JUL.17
(14/15)
PROBLEMAS E ESTUDOS ─ ABR.17
PARTE 3
PARTE 1 19.JAN.11/DEZ.14 PARTE 2
JAN.15/DEZ.16
Frase célebre*
“Para
estimular a memória e aguçar a inteligência nada há melhor que um bom problema
de damas. E por esse motivo, recomendo aos alunos do curso secundário a
resolver diariamente problemas do jogo de damas.” (Dr Richard Schmidt ─professor
e diretor, em 1932, da Dublin─School)
______________________________
* Citada por P. D.
Gabriel, na (extinta) coluna Damas,
no Correio do Triângulo, de 07.07.92.
Problemas
SOLUÇÃO
DO PROBLEMA ANTERIOR
Problema
110
1.
b2-c3 a7xc5
Se 1. ... d4xb2 2. d8-c7 a7xc5 (se 2. ... d6xb8 3. h4-e7 X) 3. h4-e7 X.
2.
d8-c7 d4xb2
Se 2. ... d6xb8 3. h4-e7 d4xb2 4. e7xd6 X.
3.
h4-e7 d6xb8
4.
e7xd6 X.
Tema: Rosa de Amparo
111
Jogam as brancas e ganham
A
solução desse problema, veja na próxima postagem
Estudos
SOLUÇÃO DO ESTUDO ANTERIOR
Estudo 32
1.
f2-g1 b2-a1
Se 1. ... a7-b8 2. g1-h2 b2-c1 (se 2. ... b2-a1 3. d2-c3 b8-a7 4. e3-g1 X;
se 2. ... b8-a7 3. e3-h6 a7xc1
4. h2-f4 c1xg5 5. h6xa3 X) 3. d4-e5
b8xf4 (se 3. ... b8xg3 4. h2xe5 c1-a3 5. e5-b2 X) 4. e3xh6 X.
Se 1. ... a7-b6 2. d4-c5 b6xf2 3. g1xa1 X.
Se 1. ... b2-c1, ver
Variante 1.
2.
d2-c3 a7-b8
Se 2. ... a7-b6 3. e3-f2 b6xe3 4. f2xd4 X.
Se 2. ... a7-c5 3. d4xb6 a1xa7 4. e3-d4 X.
3.
g1-h2 b8-a7
4.
e3-g1 a7xe3
5.
g1xd4 X.
VARIANTE
1
1. ... b2-c1
2.
d4-e5 a7xf2
3.
g1xe3 c1-a3
Se 3. ... c1-b2 4. e3-d4 b2-a3 5. e5-f6 a3-c1 6. d2-c3 c1-a3 7. f6-g7 a3-d6 8. g7-f8 d6-c7 9. c3-b4 X.
4.
e3-d4 a3-b4
Se 4. ... a3-c1 5. d2-c3 c1-a3 6. e5-f6 a3-d6 7. f6-g7 d6-c7/g3 8. c3-b4 X.
Se 4. ... a3-e7 5. d4-a1 e7-b4 6. d2-e3 b4-c5 7. e3-f4 X.
5.
d2-e3 b4-a3
Se 5. ... b4-a5 6. e5-d6 a5-d8 7. e3-f4 X.
Se 5. ... b4-e1 6. e5-d6 e1-h4 7. e3-f4 X.
Se 5. ... b4-e7 6. e3-f4 X.
Se 5. ... b4-f8 6. d4-a1 f8-a3 7. e5-f6 a3-c5 8. e3-f4 c5-d6 9. f4-g5 X.
6.
d4-c3 a3-c1
7.
e3-d4 c1-a3
8.
e5-f6 a3-d6
9.
f6-g7 d6-g3
Se 9. ... d6-c7 10. d4-c5 X.
10.
d4-c5 X.
Temas: Bloqueio Central, Vaivém Negro, Mate Cruzado, Duplo Cotovelo e
Mate em Ângulo
Estudo 33
Jogam as brancas e ganham
A solução desse estudo será dada na próxima postagem
Correção
Postagem de MAIO.15
─ Estudo 19 ─ Erramos quanto aos
temas do Estudo 19. Em vez de Finta, Bloqueio nas Paralelas e Bipolar,
corrija-se para: Finta e Bloqueio nas Paralelas.
O Damista*
BRASIL NOVO
Antônio Fabello Chaves
Brancas: a3, c1, c3, e1, e3, e5, f2, f4, g1 e g3 (10)
Pretas: a5, a7, b6, c5, c7, d8, g5, g7, h4 e h6 (10)
Brasil Novo AC um clube do Rio de Janeiro antigo estado da Guanabara, pode
ser considerado um dos grandes incentivadores das damas cariocas. Entre suas
inúmeras realizações, vamos encontrar o I Campeonato Brasileiro Interclubes,
quando a equipe de Minas Gerais dos famosos Danilo Zanini, Sidney Marra,
Messias Cruz, Antônio José Chaves e Elísio Malaco, comandados por Salim Salum,
conquistou o I Campeonato Brasileiro Interclubes, em 1962.
Neste
campeonato aconteceu a partida do diagrama acima, entre Antônio José Fabello
Chaves (MG) de brancas e Antônio Tavares Vitorino (GB) de pretas, e, como no
diagrama acima, o Chaves ganhou numa belíssima combinação.
Por
ter sido considerada a mais bela, a partida ganhou o troféu Carlindo do Brasil
Novo AC.
Saberia
o leitor como foi que o Chaves ganhou? Responda-nos, então, em 30 dias.
NOTA I DE JBF
1. Infelizmente, não tenho a coluna de “30 dias” depois, citada por Lotti. Daí,
transcrevo a mesma partida, de uma
revista, depois do seu último comentário: “Só a vitória é doce”. (Ver, adiante,
NOTA II DE JBF).
2. Antônio Tavares Vitorino é português,
e não carioca, como escreve Lotti, por descuido, adiante. (Ver comentário já quase no fim da partida).
E dando seguimento à coluna do Lotti:
Defesa de Stalingrado
Brancas: Antônio José Fabello
Chaves (MG)
Pretas: Antônio Tavares Vitorino
(GB)
I Campeonato Brasileiro de
Equipes ─ 1962
Brasil Novo AC ─ Guanabara
Comentários do colunista
1. c3-d4 f6-g5
2.
b2-c3 g7-f6
Aqui, vários mestres, e entre eles os russos, aconselham como mais seguro 2. ...
g5-h4, que é a Defesa de KIEV, uma abertura mais firme para as pretas, com
possibilidade de desenvolvimento central.
3.
c3-b4 h8-g7
Caracterizando
a Defesa de Stalingrado, uma linha muito restritiva para as negras. Trata-se
dum jogo essencialmente defensivo e com pouca mobilidade.
4.
b4-c5 d6xb4
5.
a3xc5 ...
Com a troca, as brancas assumem a posição**, ocupam a importante quadra “c5”,
adiantam rapidamente o seu jogo e pressionam o jogo preto em seu próprio campo.
5.
... g5-h4
Com o
fim de conseguir espaço para respirar.
6.
g3-f4 f6-g5
7.
a1-b2 ...
Trazendo
para o jogo a fraca peça ”a1”.
7.
... e7-d6
Aqui, 7. ... g7-f6 e 8. h2-g3!!, as pretas estão em situação por demais penosa, até
desesperadora, e, por que não, perdida.
8.
c5xe7 f8xd6
Se:
b6-a5 8. b2-c3 g7-f6 9. f2-g3! h4xf2 10. e1xg3 g5-h4? 11. c1-b2!! e as pretas devem estar com o
jogo perdido, “salvo” alguma prestidigitação as salve.
9.
d2-c3 b6-a5
10. b2-a3 a7-b6
11. d4-e5 d6-c5
12. h2-g3!! ...
Um
lance aparentemente fraco, que pode provocar um perigoso congestionamento da
ala direita branca, e, todavia, é “o mel de abelhas” para apanhar moscas
afoitas. A oposição é das pretas, mas a posição lhes é desfavorável.
12. ... b8-a7??
Erro
grave que perde a partida, executado em cima de uma análise falsa provocada
pelo lance adversário “h2-g3”. Deduz-se da conclusão do condutor negro que este
falso lance não só objetivou um fim ofensivo, aparentemente indefensável para
as brancas, tentando manter a oposição, como por se tratar de um dos únicos
lances na posição.
Veja-se
a posição do diagrama Brasil Novo.
A
seguir, veremos o belíssimo arremate, com o que o mineiro Chaves esbordoou o
pensador e pobre infeliz carioca, muito embora merecedor do nosso grande
respeito, não só por se tratar de um grande conhecedor da ciência do tabuleiro,
como também pela figura humana ímpar que sempre foi e é.
E com
um ganho muito poético das brancas, engalanadas de fantasias multicores, a
partida tornou-se mais uma das raras criações geniais da inteligência humana.
Só a
vitória é doce.
______________________________
*
Coluna (extinta) ”O Damista”, de Lotti.
no Jornal de Minas, de 4 de janeiro
de 1987.
** Aqui, certamente, erro na hora de revisar: oposição, em
vez de posição.
NOTA II DE JBF
A
seguir, a mesma partida. (Ver NOTA I DE JBF)
.
Antônio Fabelo Chaves X Antônio Tavares Vitorino*
1.
c3-d4 f6-g5
2.
b2-c3 g7-f6
3.
c3-b4 h8-g7
4.
b4-c5 d6xb4
5.
a3xc5 g5-h4
6.
g3-f4 f6-g5
7.
a1-b2 e7-d6
8.
c5xe7 f8xd6
9.
d2-c3 b6-a5
10. b2-a3 a7-b6
11. d4-e5 d6-c5
12. h2-g3! b8-a7 (1)
13. e3-d4! c5xe3 (2)
14. f2xd4 g5xc5
15. c3-b4 a5xc3
16. c1-d2 h4xf2
17. d2xb8
com
ganho.
(1) Este lance preto de ataque levou o bando negro à derrota numa posição
de duas combinações.
(2) Também perderia 13. ... g5xe3 14. e5-d6 c5xe7
15. c3-b4 a5xe5 16. f2xh8 com ganho.
___________________
* Transcrição da (extinta) revista Diagonal nº 18.
Combinação Antônio
Fabelo Chaves (I)
Jogam as brancas e
ganham
1.
h2-g3! b8-a7
Este lance preto de ataque
levou o bando negro à derrota numa posição de duas combinações. (Comentário
do Chaves).
2.
e3-d4! c5xe3
Também perderia 13. ...
g5xe3 14. e5-d6 c5xe7 15. c3-b4 a5xe5 16. f2xh8 com ganho. (Comentário do Chaves).
3.
f2xd4 g5xc5
4.
c3-b4 a5xc3
5.
c1-d2 h4xf2
6.
d2xb8
com
ganho.
5 damistas não brasileiros
Grande
foi, e é, a contribuição destes 5 não brasileiros para o Jogo de Damas, neste
país: Antônio Eduardo Igrejas (Igrejas,
AEI), português; Antônio
Tavares Vitorino (Vitorino), português; Carlos Alberto Ferrinho (C. A. Ferrinho, Ferrinho), português; Geraldino Izidoro da Silva (Izidoro), português;
Waldemar Bakumenko (Bakumenko, W. Branco), ucraniano.
(CONTINUA)
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